Lula na ONU: O Chamado Global à Luta Contra a Desigualdade

Por Franzé de Sousa
No dia 19 de setembro, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva assumiu o protagonismo ao abrir o debate de líderes da 78ª Assembleia-Geral das Nações Unidas (ONU) em Nova York. Em seu discurso inspirador e incisivo, Lula conclamou o mundo a unir forças no combate à desigualdade, à pobreza, à fome, ao desemprego e às mudanças climáticas.
No discurso, Lula destacou algo crucial: a desigualdade é a raiz de muitos problemas que afetam o mundo. Ela é a causa da pobreza que assola milhões, da fome que ceifa vidas todos os dias, do desemprego que desestrutura as nações e das mudanças climáticas que ameaçam a sobrevivência global. Nesse contexto, seu apelo à indignação foi particularmente significativo, pois ressaltou que somente quando as pessoas se indignam com essas injustiças, encontram a vontade e a determinação para superar a desigualdade e transformar o mundo para melhor.
"O mundo está cada vez mais desigual. Os 10 maiores bilionários possuem mais riqueza que os 40% mais pobres da humanidade. O destino de cada criança que nasce neste planeta parece traçado ainda no ventre de sua mãe. É preciso, antes de tudo, vencer a resignação, que nos faz aceitar tamanha injustiça como fenômeno natural. Para vencer a desigualdade, falta vontade política daqueles que governam o mundo", afirmou o presidente.
Lula não se esquivou de criticar os países ricos e o sistema de governança global. Ele apontou a falta de vontade política desses atores em trabalhar por um mundo mais justo e igualitário. Também enfatizou a importância de chamar a atenção para essas questões e exigiu mudanças. Afinal, é inaceitável que, em pleno século XXI, a desigualdade continue a se agravar, enquanto os recursos e o poder permaneçam concentrados nas mãos de poucos.
Destacou que a desigualdade se ramifica em diversas esferas da sociedade, afetando o acesso à educação e aos serviços de saúde, contribuindo para a insegurança energética, alimentando as geopolíticas crescentes e fomentando a intolerância e o preconceito. Portanto, combater a desigualdade não é apenas uma questão de justiça social, mas também uma medida essencial para a estabilidade e a harmonia global.
Vale ressaltar que, no evento anterior em 2021, Bolsonaro ficou isolado, sem realizar reuniões bilaterais com outros líderes. Isso foi um indicador claro da desconfiança internacional em relação à forma como ele estava administrando as políticas ambientais e a gestão da pandemia de COVID-19, que tirou a vida de mais de 700 mil brasileiros e brasileiras. Historicamente, o Brasil desempenhou um papel de destaque nas negociações globais, mas sob a gestão Bolsonaro, correu o risco de perder esse papel devido a posturas relacionadas ao meio ambiente e à saúde pública.
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A abertura da Assembleia-Geral da ONU por Lula não foi apenas um evento simbólico, mas sim um chamado à ação para enfrentar a desigualdade global com seriedade e determinação. Seu discurso inspirador lembrou a todos que a desigualdade está no cerne de muitos problemas globais e que é imperativo agir com indignação e vontade para resolvê-los. O discurso de Lula na ONU ressoa como um lembrete de que a luta contra a desigualdade é uma empreitada que exige compromisso e colaboração global. A liderança de Lula, tanto no Brasil quanto no mundo, é essencial para promover uma mudança real e positiva na escala mundial.