A velha aliança entre os partidos progressistas e a defesa da democracia

11/11/2022

Lula já governou o Brasil por duas vezes e sempre foi um presidente com perfil conciliador, que procura agregar força para implementar projetos que possam melhorar a vida da população brasileira

Por Franzé de Sousa

Há 37 anos o Brasil vivia o início de uma nova história, diversas forças políticas se uniram em torno de um projeto, a derrubada do regime autoritário que teve início com o golpe militar em 31 de março de 1964, com a deposição do presidente João Goulart. Era o começo do fim de um período tenebroso que comandou o país por 21 anos (1964-1985).

O início dos anos 80 foi marcado por uma campanha que reuniu lideranças de diversos partidos políticos e lançaram o nome de Tancredo Neves, para presidente e o maranhense José Sarney, para vice nas eleições de 1985.

Tancredo representava a Aliança Democrática, uma coligação que reuniu em torno do PMDB (antigo MDB) e diversos outros partidos (Frente Liberal, PDT, PTB, e PT). O objetivo era derrotar a candidatura de Paulo Maluf, que representava a extrema direita no país e se abrigava no Partido Democrático Social - PDS.

Em 1984 as forças progressistas se organizaram em torno de Tancredo Neves. Apesar de ter sido uma eleição indireta, a vitória de Tancredo Neves levou o povo às ruas para comemorar a eleição de um presidente civil que marcou o início da nova república.

A nova composição de 2022, que têm como figura central o nome de Luiz Inácio Lula da Silva, o Lula, do PT, chega ao segundo turno das eleições com o apoio de 15 dos 32 partidos políticos brasileiros (PT, PV e PCdoB, PSOL e Rede, PSB, Solidariedade, Pros, Avante e Agir, PDT, Cidadania, PCB, PSTU e PCO. A nova aliança se constituiu em torno de um projeto político que tem como princípio a defesa da liberdade, da dignidade humana, da democracia e da justiça social. Mais uma vez o bloco tem como objetivo derrotar um governo autoritário.

Como presidente do Brasil, Bolsonaro (2018/2022) representa o que existe de pior e mais reacionário na política. É o símbolo do fascismo, do preconceito, do descaso com a população e o meio ambiente, do desrespeito aos direitos humanos e a imprensa. Um governante que sempre defendeu a ditadura e a tortura contra todos que os que pensam contrário à sua ideologia.

Eleito pela terceira vez para governar o país (2003/2011), Lula reflete a ansiedade de um povo que deseja um país que priorize a execução de políticas públicas que produzam resultados positivos, como redução da pobreza, mais investimentos em educação, fortalecimento do Sistema único de Saúde (SUS), mais empregos e ampliação da capacidade de consumo do brasileiro.

Assim que foi eleito presidência República, Tancredo Neves fez um discurso emocionante na Câmara dos Deputados que falava em mudanças sociais e políticas, econômicas e da reconstrução da democracia. A fala do presidente eleito refletia o desejo da população brasileira. O povo se sentia parte do processo de reconquista da cidadania e da democracia no país.

Ao falar com a imprensa em Brasília, nesta quarta-feira (09), o presidente eleito, Luiz Inácio Lula da Silva (PT), que já havia governado o país por duas vezes (2003/2010), resgata o discurso de Tancredo Neves e se dirige à população com a defesa da harmonia entre os poderes, do resgate da cidadania e do respeito à democracia.

Valores democráticos

O governo Lula surge com o desafio de conciliar as diferentes forças políticas que apoiaram a campanha do Partido dos Trabalhadores no primeiro e segundo turnos das eleições de 2022.

Na nova fase de Lula a velha frase popular "não existe almoço grátis" surge com muita força, pois expressa exatamente o que pensa as lideranças da ampla base de partidos que contribuiu com a eleição dele. O futuro presidente também enfrenta as ambições do próprio partido (PT), o que é natural, e a busca por alianças que possam contribuir para uma boa relação do Planalto com o Congresso.

Lula já governou o Brasil por duas vezes e sempre foi, e ainda é, um presidente com perfil conciliador, que procura agregar força para implementar projetos que possam melhorar a vida dos trabalhadores, das minorias, dos oprimidos, e de todos que durante muito tempo foram silenciados. Lula é o defensor de um projeto de libertação social, político, econômico e cultural que visa dar respeito e autonomia aos indivíduos, aos movimentos sociais feministas, negros, ecológico e LGBTQIA+.

Não é possível ter certeza se esse terceiro mandato de Lula presidente irá solucionar os grandes problemas sociais e econômicos do país, mas podemos afirmar com segurança que será um governo que irá estimular o diálogo e o fortalecimento da democracia.

Diante de tudo que a população brasileira passou nos últimos quatro anos, com a ameaça aos valores democráticos, é sempre bom lembrar o que dizia Winston Churchill: "A democracia é o pior dos regimes políticos, mas não há nenhum sistema melhor que ela".

Inep recua e publica estudo sobre benefícios de programa de educação da gestão do PT

O estudo mostraria os benefícios do programa de alfabetização adotado no Brasil durante o governo de Dilma Rousseff, em 2012

Por Franzé de Sousa

O estudo "Avaliação Econômica do Pacto Nacional pela Alfabetização na Idade Certa (Pnaic)", de autoria de Renan Gomes de Pieri e de Alexandre André dos Santos, foi publicado pelo Inep, autarquia subordinada ao Ministério da Educação, responsável por avaliar políticas públicas, após Tribunal de Consta da União (TCU) decidir, nesta sexta-feira (14), que o Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep) errou ao barrar a publicação do artigo.

O estudo analisava os resultados do "Pacto Nacional pela Alfabetização na Idade Certa", programa que pretendia garantir que todas as crianças de 8 anos soubessem ler e escrever.

O eixo principal do pacto era a oferta de cursos de formação continuada para professores alfabetizadores.

Segundo o artigo que não chegou a ser publicado na época de sua conclusão, os alunos cujos docentes tinham participado do programa tiveram notas acima da média.

O documento avaliava o programa como um dos mais bem sucedidos do governo Dilma Rousseff (PT). O documento foi censurado pelo Inep na época em que Milton Ribeiro era ministro da Educação.

De acordo com o autor, seu artigo havia passado por todas as etapas exigidas antes da publicação, mas foi "censurado". À época, o pesquisador protocolou um ofício interno em que pedia à presidência do Inep a liberação do texto. O episódio rendeu até um a abertura de um Processo Administrativo contra o funcionário, o que foi visto como perseguição. 

O mercado fitness em tempos de pandemia

Por Franzé de Sousa

Para muitos, empreender não é uma tarefa fácil. Afinal, diante das constantes mudanças nas políticas econômicas brasileiras, da grande concorrência e a crise sanitária causada pelo novo coronavírus (Sars-CoV-2), manter-se firme tem sido bastante desafiador. Se antes da pandemia era difícil manter um empreendimento, com a chegada da Covid-19 ao Brasil as dificuldades se intensificaram.

Porém, é consensual que o crescimento de uma região está relacionado à atividade empreendedora. É o empreendedorismo que produz riqueza, geração de trabalho e renda, além de promover o desenvolvimento por meio da inovação.

Apesar de todos os obstáculos, os empreendimentos ligados à área da atividade física têm mostrado que investir nesse tipo de serviço é uma maneira de garantir estabilidade no futuro. Nesse sentido, tornar-se um educador físico é um ótimo caminho para uma profissão extremamente promissora e que possibilita lançar-se no mundo dos negócios, pois o mercado tem demonstrado que o empreendimento fitness é uma atividade que tem apresentado bons resultados e está em plena expansão.

De acordo com o relatório da IHRSA Global Report 2019 (International Health, Racquet & Sportsclub Association) - associação internacional de fomento ao universo de saúde e exercícios - o Brasil é o segundo maior mercado do mundo no seguimento fitness, além de ocupar a terceira posição no ranking de faturamento, com movimentação de mais de U$2 bilhões de dólares, atrás de Estados Unidos e Canadá.

Vivemos um período em que os indivíduos estão em busca de bem-estar, qualidade de vida e longevidade. As pessoas procuram estabelecimentos propícios ao exercício físico, motivadas por vários fatores como a estética e a melhora da saúde. Certamente você já percebeu que em todo bairro existe uma academia - ou mais. Não é de hoje que esse tipo de estabelecimento ganhou lugar de destaque no mercado, oferecendo diferentes modalidades de treino para um público formado pelas mais variadas faixas etárias, poder econômico e com diferentes rotinas e modalidades de treinos.

Mesmo tendo ficado em média três meses sem atividades em 2020, o setor foi um dos menos atingidos pela pandemia, o que pode ser observado na pesquisa "O Impacto da pandemia de coronavírus nos Pequenos Negócios", realizada pelo Sebrae no primeiro semestre de 2020. O estudo aponta que, apesar do agravamento da crise sanitária e o isolamento social, cerca de 62% dos empreendedores mudaram a forma de funcionamento das atividades e quase 88% deles viram seu faturamento cair em média 75%. Os resultados indicam que mesmo diante de uma crise de saúde global o setor continua resistente e em plena expansão.

O setor se reinventa e se adapta aos novos desafios

No entanto, para investir e permanecer firme no mercado é necessário planejamento estratégico, ousadia, dedicação e muito conhecimento técnico. É claro que para isso é necessária uma boa formação, até para orientar melhor na decisão de empreender. Estamos falando de uma atividade que trabalha diretamente a saúde corporal e o bem-estar da população em geral. Por isso, para ter uma carreira de sucesso, é importante uma boa preparação. Estudar em uma instituição de ensino bem-conceituada, reconhecida e bem avaliada pelo Ministério da Educação (MEC), que possa transmitir conhecimentos técnicos e habilidades específicas, é o primeiro passo para o profissional alcançar uma melhor colocação no mercado de trabalho e se destacar na sua área de atuação.

Adolfo Marinho, Mestre em educação, afirma que "na nova economia, a produtividade e a competência necessárias dependem de profissionais com novas capacidades e habilidades".

É o caso do profissional de Educação Física Paulo Felipe Menezes da Silva, ex-aluno do Unigrande, que deixou o emprego como promotor de vendas numa empresa de telefonia para integrar o time de administradores de negócios fitness. Logo após a conclusão do curso de Educação Física, em 2012, passou a trabalhar com atividade voltada para condicionamento físico.

"Entrei em sociedade com uma colega na época, num espaço voltado para condicionamento físico. Eu dava aula de funcional. Deu muito certo! Minhas turmas cresceram e senti a necessidade de seguir sozinho. Como era praticante de crossfit, resolvi investir nessa área. Fizemos uma pesquisa na região antes, minha esposa tomou conta dessa parte. Focamos em algo que nenhuma oferecia. Fomos o primeiro box de cross training no bairro João XXIII. Não somos uma academia convencional, somos um BOX de Cross Training".

Com o início da crise sanitária, especialmente com as restrições recomendadas pelo Ministério da Saúde, muitos praticantes de atividades físicas decidiram continuar com às atividades através da internet. Com o isolamento social, houve aumento na procura por treinos em casa, através de plataformas de videoconferência e aplicativos fitness.

Conforme explica Paulo Felipe, mesmo diante das dificuldades não perdeu o contato com os alunos, passou a utilizar as plataformas de videoconferências e oferecer aulas pela internet.

"Apesar dos prejuízos que são inevitáveis, a adesão pelas aulas online nos ajudou bastante. Fizemos aluguéis de materiais e continuamos com as aulas. Fazíamos ao vivo, pelo Google Meet. Deu certo! Outra coisa que nos fortaleceu muito e impactou positivamente no nosso retorno foi o trabalho nas redes sociais. Não deixamos nossa marca ser esquecida, enquanto nossos concorrentes deixaram de aparecer".

Outro elemento fundamental para manter-se firme foi colocar em prática conhecimentos adquiridos dentro e fora da sala de aula. Além de aderir ao formato digital, Paulo também acompanha cada aluno de forma individual, o que possibilitou manter a eficiência e qualidade dos serviços.

"Sem um profissional de educação física, o aluno vai fazer o que ele acha que sabe e isso pode gerar muitos prejuízos na saúde dele. No cross, conseguimos identificar a dificuldade de cada aluno e assim trabalhamos para que ele consiga executar os movimentos de forma correta. Sem essa orientação, o risco de lesão é muito grande. "

Para ele, "a educação física não é mais uma área de lazer, ela é saúde. Com isso o próprio mercado seleciona os profissionais. Muitos terão apenas um diploma, se não continuarem estudando, se não se atualizarem, não ficam. As pessoas estão cada vez mais exigentes, e isso é o que está selecionando muito o mercado da educação física."

Robério Oliveira - prof. de Educação Física
Robério Oliveira - prof. de Educação Física

Robério Oliveira - prof. de Educação Física

Robério Oliveira do Nascimento é outro profissional que acredita no potencial da educação física. Para ele, a atividade física é muito importante para aliviar as tensões do cotidiano, pois promovem diversos benefícios, favorecendo tanto a saúde física, como mental.

Robério destaca que a atividade física "é uma área bastante rica e que está ligada às práticas corporais desde a antiguidade e se manifesta de diferentes formas e em diferentes espaços. É uma prática que sempre atuou na formação do homem visando sempre a prevenção da saúde."

Além do histórico apontado por Robério, a atividade física possui um grande potencial de socializar indivíduos das mais diferentes classes, religiões e gêneros. Durante uma atividade física, seja na academia ou na rua ou na praça, as pessoas se relacionam, criam e fortalecem vínculos. "A importância da prática de atividades físicas em nossa sociedade vai além dos benefícios na saúde física do homem", conclui.


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