Quando a Busca por Seguidores Ultrapassa os Limites da Ética
O desejo por visibilidade e popularidade nas plataformas online tem levado algumas pessoas a adotar métodos vulgarmente enganosos, onde a humilhação de outros é utilizada como ferramenta para atrair seguidores.

Por Franzé de Sousa
As redes sociais revolucionaram a maneira como nos conectamos e compartilhamos informações, mas, infelizmente, também têm sido palco de comportamentos questionáveis e até mesmo prejudiciais. O desejo por visibilidade e popularidade nas plataformas online tem levado algumas pessoas a adotar métodos vulgarmente enganosos, onde a humilhação de outros é utilizada como ferramenta para atrair seguidores. Um exemplo claro disso é observado em situações como a reinauguração do posto de saúde do João XXIII, onde um indivíduo optou por um ato tão desnecessário quanto humilhante, utilizando uma pistola de água para molhar um idoso que aguardava o início das festividades.
A história é lamentável, porém, infelizmente, não é única. Youtubers, influenciadores e até mesmo celebridades em ascensão muitas vezes recorrem a truques duvidosos para conquistar a atenção e o apoio de um público ávido por entretenimento. No caso mencionado, o uso da humilhação pública para ganhar seguidores reflete uma busca desenfreada por popularidade, onde a empatia e o respeito pelo outro são colocados de lado em nome da fama virtual.
O problema desses métodos não éticos vai muito além do simples ato em si. Eles alimentam uma cultura onde a humilhação é vista como entretenimento, contribuindo para a normalização de comportamentos agressivos e prejudiciais. Além disso, tais práticas têm impactos psicológicos significativos sobre as vítimas. No caso do senhor idoso no João XXIII, a confusão e a vergonha que ele deve ter sentido são inaceitáveis, mostrando o quanto esse tipo de exploração prejudica não apenas a pessoa diretamente envolvida, mas também a sociedade como um todo.
O vídeo original pode ser visto no Instagram: https://www.instagram.com/p/Cwfjz0mA39x/
A Necessidade de Combate e Repúdio
Diante dessa realidade alarmante, é fundamental que todos os usuários de redes sociais, bem como as próprias plataformas, se unam para combater e repudiar tais práticas. Os espectadores têm o poder de escolher quem apoiar e seguir, e é vital que não concedam atenção a indivíduos que se aproveitam da humilhação e da degradação alheia para ganhar seguidores. Isso envolve não apenas deixar de seguir esses influenciadores, mas também denunciar conteúdo ofensivo e criar um ambiente virtual onde a empatia e o respeito prevaleçam.
As plataformas de redes sociais também têm um papel a desempenhar nesse combate. Elas devem ser cuidadosas na aplicação de suas diretrizes e políticas, removendo conteúdo que promove a humilhação e incentivando práticas mais saudáveis de engajamento. Além disso, a sociedade como um todo precisa refletir sobre os valores que quer promover online e offline, questionando a glamorização de atitudes prejudiciais e buscando um equilíbrio entre liberdade de expressão e responsabilidade ética.
O episódio do senhor idoso encharcado durante a reinauguração do posto de saúde do João XXIII é apenas um exemplo do que acontece em escala maior nas redes. É urgente que a sociedade, os espectadores e as plataformas se unam para combater essa tendência e promover uma cultura online mais empática, respeitosa e responsável. A busca pela popularidade não pode ser desculpa para a humilhação e a exploração dos outros.